*Comparado à meta/benchmark do Plano

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Comentários do Gestor

CENÁRIO INTERNACIONAL

O FED elevou a taxa de juros americana (fed funds) em 0,25%, para um faixa de flutuação entre 5% e 5,25%, na sua reunião de maio. Ainda que a chance de uma alta adicional não esteja descartada, o comunicado do FED é compatível pela manutenção dos juros nas próximas reuniões, devendo manter-se nesse patamar elevado durante um bom tempo. Considerando esses parâmetros, os juros continuarão exercendo efeito restritivo sobre a economia, que deve ser intensificado por condições creditícias mais apertadas, dada a situação mais complexa para os bancos regionais americanos. Na zona do Euro, o Banco Central Europeu ainda deve promover entre uma e duas altas de 0,25% na taxa de juros, para algo entre 3,5% e 4,0%, também como reflexo de um ambiente de inflação pressionada nos países do bloco, o que deverá contribuir para a manutenção de um ritmo fraco da atividade na região.

CENÁRIO NACIONAL

O PIB do primeiro trimestre apresentou forte crescimento, 1,9%, na comparação com o último trimestre de 2022. Parte muito relevante desse resultado advém de expressivos 22% de expansão do setor agropecuário e o setor de serviços teve contribuição positiva, crescendo 0,6%, enquanto a indústria apresentou certa estabilidade. Localmente, dado o alívio nas expectativas de inflação para este ano e o avanço na aprovação do novo arcabouço fiscal, observou-se queda ao longo da curva de juros. O Ibovespa reagiu positivamente à queda dos juros futuros e ao sentimento mais positivo, com o avanço na aprovação do novo arcabouço fiscal. Setorialmente, o mês de maio mostrou valorização dos setores de petróleo e bancário, mas, apresentou queda no setor de mineração. Apesar de pequena elevação verificada no mês de maio, o dólar segue tendência de baixa, dado o fluxo positivo de recursos para o país.

PERSPECTIVAS

Globalmente, o ciclo de aperto de juros nas economias desenvolvidas parecia se aproximar de seus estágios finais, porém, ainda distante de um cenário de cortes de juros. No Brasil, a melhora da inflação e a desaceleração da economia propicia um ambiente mais favorável para a queda de juros, mas limitado pelas ancoragens da inflação ante a meta. O próximo COPOM será em agosto, onde é esperado o início de redução da taxa SELIC, com efeitos diretos e positivos para os títulos públicos nas carteiras dos Planos administrados pela Regius.

A expectativa de redução de juros poderá valorizar os ativos de renda variável, mas para promover mudanças significativas é necessário o aumento de fluxo financeiro para esse segmento, o qual ainda é pouco expressivo. No front externo, apesar do curto prazo apresentar cenários positivos, os fundamentos ainda apontam para cautela frente as questões com pouca clareza e desafiadora, corroborado pelos juros elevados e expectativas de desaceleração da atividade econômica.

De uma maneira unânime, é aguardado pelo mercado o desenrolar, com os devidos cortes e aprovações, do novo arcabouço fiscais o qual ditará o viés das atividades econômicas.

Como destaque adicional para o mês de maio, todos os planos administrados pela Regius tiveram rentabilidade superior aos seus respectivos referenciais/meta atuarial, com destaque para o Plano CD-05, cuja performance, neste ano, permitiu a recuperação em relação a baixa rentabilidade verificada em 2022, agregando valor para os seus 708 participantes oriundos de diversas patrocinadoras.